Vida no "mundo" da internet...



Era manhã de quinta feira - mês de férias -, as nuvens impediam a visão do sol e a tão desejada ida à praia. O que restara para aquela manhã era possíveis diálogos no “desconhecido” mundo da internet. No meio do nada, das idas e vindas dos papos, eis que surgem palavras úteis de uma alma conhecida. Mas uns minutos de papo e as nuvens do dia tornaram-se possibilidades de fazê-lo valer.
Um programinha diferente pro dia aparecera e o banho e as roupas limpas e despojadas davam caráter de que o dia prometeria, ou que – ao menos – tinha a intenção de, mesmo sem a programação inicial: a praia, ser um belo dia de férias.
Depois da viagem feita: a visão do mar, um apartamento ajustado e aconchegante, gentileza como cortesia da casa e uma tarde emoldurada a muita gargalhada. Tinha, por prevenção, “levado na bolsa umas mentiras pra contar”, mas elas ficaram no tapete que me saldava com “Boas vindas”, junto com meus chinelos. O tempo, aliado fiel do dia, fez 3 horas parecerem 24. Em meio às risadas, salvos foram, muitos momentos de seriedade e irmandade fraternal. Ao som de Elton John que cantava “Daniel”, a virtualidade voltara por motivo nobre:
“Deixe-me mostrar minha família!”
Segundos suas palavras, seu computador com vontade própria, parecia não querer permitir o acesso as muitas pastas arquivadas. Mas por fim o homem vence a máquina e as lindas surpresas do dia continuariam. Fotos da família: irmã e irmão, os pais... “Olha a casa é de madeira, deixa eu te mostrar o clima. Bem interior mesmo. Isso é em Itu - São Paulo, onde meus pais estão com minha irmã. Bem bucólico, ô: na frente um lago, ao lado de uma igrejinha...”
E ainda há quem diga que na net não se encontra nada. É eu bem pensei nisso também, e por muitas vezes. Na verdade acredito que sempre, fazendo essa ressalva, acabo por ainda comungar da opinião. Mas essas são as partes boas de manter-se vivo: extrair vida de onde não se julga existir.
Pode-se identificar uma alma irmã, porque gêmea poderia soar como “casal”, em um dia? Essa dúvida hoje habita o meu coração, e mais: será que existiriam outras “almas-irmãs” perdidas no ócio da internet, vagando por endereços errados, obscuros?
Um dia e uma visão: alma sonhadora, reconhecedora da necessidade de manter os sonhos - independente de idade – vivos para que se movimente seu horizonte de sentido, assim, fazendo valer sua existência. Em busca de algo novo ou de aprimorar o já existente. Ser em potencial, buscando aperfeiçoar seu ato. E assim, tornando outras vidas felizes ou ao menos fazendo uns dias valerem à pena, a alma de gigante segue.
O destino se encarregará de todo o resto, escrevendo as cenas dos próximos capítulos. Às almas irmãs, cabe apenas a vida, e que ela seja vivida e aproveitada. A cargo do “senhor da razão” encontrar-se-ão, ou ainda quem sabe, não. O que vale salientar nisso tudo? O cuidado “do tempo” com a gente. Entenda como quiser: sempre lhe serei grato. Vida inteligente atrás das máquinas, não era de meu costume descobrir, talvez meu pré-conceito me cegasse ou a normalidade inútil do “mundo vicioso dos computadores” assoberbasse.

Raffael Silva.
5 Responses
  1. Unknown Says:

    ééé Julio Rocha é da internet!! heheheehhe


  2. Unknown Says:

    BravO amiiGO Raffa
    muuitO bom o textO
    Bem modestO dizendO:_ NãO sou escritor, apenas gsoto de escrever.

    Obs: Já sou colecionador
    abçãO.


  3. Unknown Says:

    Bravo bravo ! ; )

    Perfeito
    Linda historia
    Texto muito bem elaborado ...

    Parabens

    Abraços


  4. Letícia Says:

    Começouuuu bem, heim Marido
    *
    O texto é lindo, lindo, lindo!!!

    Aqui é um ótimo lugar pra colocar o q sentimos....

    Te Amo!


  5. Geisa Says:

    "Coisas que só o Rafa pode entender..."
    Amei amigo,lindo demais