
Medo, insegurança, desejo e atração.
Nesse mundo louco de mentes soltas e conhecidas
Tantos tentam a paixão e tantos desistem com a mesma voracidade com que tentam.
Há quem não tente e quem fuja dela.
Tem o que mente para não magoá-la, e a que finge pra convencer que sente.
Existe o descrente, o persistente, o valente e o errante.
Fiel pequenino distante do planeta de Câncer.
Luxuria, pecado, sabor, libido, corpo suado.
Nessa casa de luz vermelha acesa e nada discreta
Todas as janelas gritam alertas e se calam no meio de seus gritos
Há quem para ela nem olhe e quem nela more.
Tem o que finge não saber do que se trata, e a que lá o trata fingindo que não o sabe.
Existe o demente, o eloqüente, a farsante e a figurante.
Freqüentadores assíduos desse próximo planeta distante.
Palavras, versos, rimas e melodias.
Nessa jornada artística que cada um vivencia todo dia
Todos os calcanhares se esfolam e esfolados ainda se calçam.
Há quem os cubra de ouro e os que de trapos os enlaçam.
Tem quem cante só pra espantar o mau e o quem faça o mau para quem cante.
Existe o poeta, o pintor, o violeiro e o amante.
Cada qual no seu bailado de infinitos distantes.
Sim, não, talvez e quem sabe!?
Nessas certas incertezas que são ditas cotidianamente
Tamanha é a vontade de ser coerente e a incoerência de ser quem não se sabe.
Há quem se imagine Rei e a quem nenhuma coroa lhe caiba.
Tem quem se esforce pra afirmar com convicção e quem com a mesma o negue.
Existe o pessimista, o otimista, o indeciso e o jegue.
Na verdade, todo mundo tem tudo isso por mais que, no fundo, negue.
E assim, seus sentimentos, pecados, arte e palavras
Servem de pano de fundo da tua história aqui narrada
Seja cantada, encanta, romantizada ou cheia de terror e sofrimento...
Que se viva tentando ser feliz a cada momento.
Postar um comentário