Segunda chance


O relógio já marcava quase 5:00 am., e a mente Cody não parava de martelar.
Buscava um modo de saber como começar a falar, o que deveria dizer...
Tic-taqueando pensamentos e lembranças, buscando lembranças, as inventando.
O que sabia e era fato era a necessidade de mais um beijo.

Mas como pedir um beijo que você já deu e esqueceu o gosto?
Era esse seu tormento. Teria perdido a credibilidade, a memória, ou o caráter?
Confusões e junções faltosas de boas partes se misturavam a uma certeza inafiançável:
Não havia nada, além da vontade assoberbante, a fazer antes da folia.

Assim, nos próximos dias, tinha ele duas escolhas a fazer;
Uma história pra saber como tratar e duas ruas a seguir:
A sem sinais de trânsito e cheia de carros ou a estreita e sombria ciclovia.

Nessa folia de milhões de pessoas solitárias e ausentes
Coube a Cody aprender a esperar a poeira baixar.
Quem sabe assim, não consegue do gosto do beijo lembrar...


Raffael Silva

4 Responses
  1. Letícia Says:

    Há...
    Permita-se sempre incansávelmente e insensato seja sempre. Pois os insensatos são ousados e felizes....

    Faça silêncio... e a esolha certa estará "logo a sua frente"...

    Te amo!


  2. Wagner Leite Says:

    O texto perfeito esse! Me fez lembrar uma história que aconteceu comigo rs. Um bjão!


  3. Bebéia Says:

    Adorei Raffa.. boas palavras!


  4. Carol Says:

    Eu bem entendi! rs
    Te amooo tanto que as vezes doi!