
Por onde anda o Intelecto?
Não o encontro mais pelas ruas...
Deveras tenha ele andado por aí disfarçado de beleza...
Deve ter se cansado de viver sozinho e de ser assaltado.
Tentando ainda manter-se inteiro, anda por aí disfarçado.
Aliando-se aos que pensam que a imagem é tudo.
Escondendo dos bobos os relógios e mostrando só os espelhos.
Porque sabe que é fato: a beleza passa e o que fica
é a nossa vivência, o nosso conhecimento e a nossa alma.
A alma é imortal, pena que as pessoas esqueceram disso.
Buscam a cada dia a perfeição própria e alma gêmea pelo lado de fora.
Aí se casam, engordam e descobrem que não se amam.
O amor hoje tá muito comum...
Acho até que o encontro numa banca de frutas, na feira de domingo.
Na verdade o pseudo-amor e o amor-maça eu mesmo já vi vender!!!
E é por isso que o intelecto tá disfarçado:
Tá cansado de ser invisível no mundo dos espelhos,
Onde o belo passa no tapete vermelho
E o resto passa nas vielas loucas da vida, pulando poças d'água.
Onde Beleza Intelectual virou piada;
Pois não importa se uma pessoa bonita pensa:
ninguém quer mesmo que ela fale nada!
O intelecto é um velho amigo meu.
De vez em quando o encontro, mas só mesmo ele e eu.
Nunca o vi mesmo por aí conversando com as pessoas.
Só com umas seletas, bem poucas.
Mas na verdade tem é muito tempo que não o vejo.
Só temo que, estando mesmo disfarçado,
Nem por um velho amigo possa ser encontrado.
Maquiado ao extremo, e sucumbindo aos padrões...
Possa ter se tornado mais um engraçado e deplorável hipócrita
Que mente a si mesmo a necessidade de ser belo
E acaba se tornando mais um idiota.
Enganando aos outros que não pensam em nada
E acreditando, ele mesmo, em cada palavra que fala.
Se, de fato, conseguiram prender uma mente
Nos campos de concentração das academias de musculação
Talvez eu possa acabar encontrando o intelecto
alternando comigo uma série no aparelho de supino reto.
E na ditadura da beleza, que vivam sem medo
Aqueles, mas somente aqueles
Que já sabem que não podem ser perseguidos,
E nem, se quer, humilhados.
Raffael Silva e Francisco Doria
Não o encontro mais pelas ruas...
Deveras tenha ele andado por aí disfarçado de beleza...
Deve ter se cansado de viver sozinho e de ser assaltado.
Tentando ainda manter-se inteiro, anda por aí disfarçado.
Aliando-se aos que pensam que a imagem é tudo.
Escondendo dos bobos os relógios e mostrando só os espelhos.
Porque sabe que é fato: a beleza passa e o que fica
é a nossa vivência, o nosso conhecimento e a nossa alma.
A alma é imortal, pena que as pessoas esqueceram disso.
Buscam a cada dia a perfeição própria e alma gêmea pelo lado de fora.
Aí se casam, engordam e descobrem que não se amam.
O amor hoje tá muito comum...
Acho até que o encontro numa banca de frutas, na feira de domingo.
Na verdade o pseudo-amor e o amor-maça eu mesmo já vi vender!!!
E é por isso que o intelecto tá disfarçado:
Tá cansado de ser invisível no mundo dos espelhos,
Onde o belo passa no tapete vermelho
E o resto passa nas vielas loucas da vida, pulando poças d'água.
Onde Beleza Intelectual virou piada;
Pois não importa se uma pessoa bonita pensa:
ninguém quer mesmo que ela fale nada!
O intelecto é um velho amigo meu.
De vez em quando o encontro, mas só mesmo ele e eu.
Nunca o vi mesmo por aí conversando com as pessoas.
Só com umas seletas, bem poucas.
Mas na verdade tem é muito tempo que não o vejo.
Só temo que, estando mesmo disfarçado,
Nem por um velho amigo possa ser encontrado.
Maquiado ao extremo, e sucumbindo aos padrões...
Possa ter se tornado mais um engraçado e deplorável hipócrita
Que mente a si mesmo a necessidade de ser belo
E acaba se tornando mais um idiota.
Enganando aos outros que não pensam em nada
E acreditando, ele mesmo, em cada palavra que fala.
Se, de fato, conseguiram prender uma mente
Nos campos de concentração das academias de musculação
Talvez eu possa acabar encontrando o intelecto
alternando comigo uma série no aparelho de supino reto.
E na ditadura da beleza, que vivam sem medo
Aqueles, mas somente aqueles
Que já sabem que não podem ser perseguidos,
E nem, se quer, humilhados.
Raffael Silva e Francisco Doria